domingo, 29 de abril de 2012

Individualismo: O grande tumor da sociedade contemporânea.


Ele dispensa apresentações, já é de casa!


Uma pessoa está procurando um endereço de um prédio onde irá fazer uma entrevista de emprego, como está perdido resolve perguntar para as pessoas que passam diariamente em uma rua bem movimentada:
    -Olá amigo, por favor você pode me dar uma informação? Oi, por favor ? Droga lá se foi mais um com seu fone de ouvido e nem me deu atenção e eu precisando de uma informação, será que nessa grande “selva de pedra” alguém será solidário em me ajudar?! Olha aquele moço engravatado, acho que ele pode me auxiliar.
    - Bom dia senhor eu preciso de uma informação, eu estou procurando uma rua chamada...

    O homem engravatado nem para, continua andando e lhe diz:
    - Com licença, estou super atrasado e não posso ajudar.
    O indivíduo necessitado pela informação responde:
    - Puxa que cara grosseiro! Ele na mesma hora visualiza uma mulher e diz consigo mesmo:
    - Olha uma moça falando no celular, acho que ela pode me auxiliar:
    - Oi moça, eu preciso de uma informação...
    A moça totalmente presa na sua singularidade, pede um tempo na conversa com seu parceiro amoroso e responde de forma mal educada a pessoa que necessita de apenas uma informação:
    - Oi amor só um minuto. Olha aqui cara, eu to no celular não posso ajudar você, para de me amolar, quer informação?! Pergunte para um taxista ou na banca de jornal.
    Logo depois do ato inadequado ela volta a sua conversa com quem estava ao celular:

    - Desculpa amor um desocupado estava me incomodando, acho que ele queria dinheiro para encher a cara de pinga...
Pois é caros amigos que estão lendo esse texto, isso é um pequeno exemplo do que hoje uma pessoa passa quando precisa de uma ajuda qualquer, tenho certeza absoluta que antigamente as pessoas eram mais solidárias umas com as outras, que os valores como a cordialidade, humildade, o amor ao próximo, a valorização entre os seres humanos, a civilidade, a moral e os bons costumes caracterizavam a imagem da sociedade de outrora, e por mais que as pessoas tinham seus compromissos, alguém iria se dispor para para auxiliar o seu semelhante. Hoje as pessoas estão ocupadas demais com suas particularidades, pois uma sociedade cada vez mais capitalista, onde o que reina entre as pessoas não são mais os valores éticos e sim a competitividade, ninguém mais se enxerga como ser igualitário, ou seja, que todos somos iguais, mas visualiza um ao outro como um rival que disputa algo, é assim em todos os segmentos da sociedade contemporânea.
Essa competitividade e o individualismo irracional, onde o espaço é disputado de forma bruta é causada pela força que o neoliberalismo causou em um processo histórico muito curto e que cada vez mais ganha força e o resultado é esse que notamos em nosso dia a dia, dentro de um ônibus ou metrô por exemplo, ninguém conversa com ninguém, parece que todos são um bando de robôs ou zumbis, fechados em seu próprio “mundinho mesquinho” com aquela mentalidade mecânica e programada na mente : Levantar; tomar banho; café, transporte coletivo, trabalho; parada para almoço;retornar ao trabalho; fim do expediente; voltar ao coletivo; chegar em casa; tarefas domiciliar; banho; dormir. Infelizmente hoje dentro de um espaço onde seres humanos diariamente frequentam (o mesmo exemplo do transporte coletivo) pouquíssimos mas são raríssimas exceções mesmo que se cumprimentam e conversam. No cotidiano em que vivemos a realidade é a seguinte, um está lendo o jornal, outro está escutando o seu Ipod, o outro está mexendo no seu tablet, o outro no celular e etc. Ah mais se entra alguém necessitando de uma ajuda humanitária seja ela qual for vai ser ignorada, todos estão presos demais com seus egoísmos, fingem que nada está acontecendo, fora os prejulgamentos e preconceitos que já fazem ao analisar o momento em que o ser humano está lá implorando por um pequeno gesto de gentileza humana em ajudar a pessoa necessitada .
E as redes sociais então?! Puxa vida nunca estivemos tão longe e tão perto de alguém ao mesmo tempo, fazemos amizades virtuais tão rápidas como a velocidade da luz, e a consolidamos com tanta força, até parece que os amigos que fizemos com o outro que está há quilômetros de distância é tão forte que parece que foram amigos de infância, eles compartilham e curtem tudo que postam, os comentários são tão fantásticos, mas ao mesmo tempo o individualismo, o egoísmo e o orgulho é tão intenso que a criatura não é capaz nem de dizer um bom dia, para o vizinho ali do lado de casa, ou pro seu parceiro de condomínio.
Eu me pergunto qual irá ser o resultado dessa sociedade cada vez mais tão distante, sem nenhum valor moral cívico, sem humanidade, sem nenhum resquício de civilidade e amor ao próximo, como vai ser o futuro de tudo isso?! Qual é o sentido de tanta luta por melhor qualidade de vida, tantos avanços tecnológicos, tantos discursos hipócritas de melhorar a vida do nosso planeta Queremos salvar o mundo, mas ao mesmo tempo nós não estamos sendo capazes de salvar à nos mesmos, dizem que cada geração humana que surge está mais evoluída, será mesmo?! Se estiver mesmo tão evoluídos eu humildemente lhes peço, por favor achem, descubram a cura para essa sociedade cada vez mais debilitada e doente, precisamos da cura desse tumor, o câncer que corrói a sociedade contemporânea, o nefasto individualismo que foi introduzido pela bactéria capitalista.
                                                                                                             escrito por : Pedro Bravo Jr.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Depois da zero hora.

Tem um nó aqui na minha garganta,  alguma coisa quietinha aqui em mim, uma dor miúda, silenciosa e maldosa.
Tem um descontentamento que me ataca sempre depois da zero hora. É uma coisa velha, um dor antiga que me deixa matutando sempre depois da meia noite.
Tenho vontade de me permitir chorar, de deixar fluir.
 Talvez eu me dê  ao direito de sofrer, não de amor, mas de dor!
Todas às noites depois da zero hora me faz companhia, não me deixa só. Dorme comigo, me abraça e me faz dormir dizendo sempre que vai voltar - e eu sei que vai.

sábado, 21 de abril de 2012

Para cá, depois de aculá, aqui outra vez.



Ah, eu não quero  dizer idiotices, besteiras  minhas. Descrever aqui meu particular é cafona como diz o Walter, meu professor de micro economia. Só queria mesmo dizer que voltei pra casa, pra casa de mãe. Depois de seis meses fora lavando, passando, descobrindo, vivendo, chorando, aprendendo. Foi muito coisa, pouco tempo! Mas percebo hoje que minha casa não será nunca mais a minha casa. Que meu quarto e minha cama não serão nunca mais meus. A partir do momento que se deixa pra trás quando voltamos não são mais nossos, pertencem agora à algum espaço no tempo, tempo que passou.
Sou agora um hóspede em minha casa.
Voltei como intermediador político para amenizar tensões existentes. Não estou por mim e sim por eles, e desse modo acabo estando por mim também, porque afinal, eu sou eles!

Uma vez fora de casa adquirimos certa noção de espaço, de perigo, de sobrevivência, e isso é bacana, é funcional. Voltar pra casa não significa perder essas noções, mas sim deixar de usa-las, ou usa-las menos vezes.
Durante esses seis meses fora aprendi coisas bem úteis, como fazer arroz com cenoura, feijão, lasanha, salada de maionese, separar as roupas por cores na hora de coloca-las na máquina de lavar (isso eu só aprendi depois de manchar minha camiseta preferida), gastar estritamente o necessário entre outras variáveis que não cabem ser ditas aqui.
Enfim, sair de casa é válido! Acho que todos deveriam sair aos dezenove, vinte, sei lá. Deveríamos todos viver esta experiência algum dia antes dos trinta ou dos vinte e cinco. Estou bem, mas queria sair de casa outra vez. Mas agora daqui eu só saio pro meu ap, e o meu ap é só depois da faculdade daqui há dois anos e meio. Mas tudo bem, eu tô em paz.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O pré julgamento da subjetividade, o veneno que destrói a personalidade.


Ele jantou com o camaleão noite dessas, e gostou.  Por isso torna a nossa casa e com honras o camaleão o recebe, bem vindo outra vez Sr. Pedro. Apreciem...



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Um casal recém-casado mudou-se para um bairro tranquilo. Na primeira manhã que passaram na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou que a vizinha pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal ! Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade, perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar roupas.
O marido observou calado.
Três dias depois, também durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e novamente a mulher mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade, perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar roupas !
E assim, a cada três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava as roupas no varal.
Passando um mês a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos, sendo estendidos, e empolgada, foi dizer ao marido:
- Veja, ela aprendeu a lavar roupas, será que a outra vizinha lhe deu sabão? Porque eu não fiz nada.
O marido calmamente respondeu:
- Não, é que hoje eu levantei mais cedo e lavei a vidraça da nossa janela!
E assim é. Tudo depende da janela, através da qual analisamos, observamos e julgamos os fatos de acordo com a nossa subjetividade.
Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, analise seus próprios defeitos e limitações. Devemos olhar antes de tudo, para a nossa própria casa, para dentro de nós mesmos. Só assim poderemos ter a real noção do valor de nosso caráter. O preconceito é um veneno que se deixarmos ele mutila as nossas mentes, corrói os olhos de nossa subjetividade nos deixando cegos e acaba por fim destruindo toda a nossa personalidade e transformando-nos em seres dominados pela vaidade e falsidade.



                                                                                      Pedro Bravo  Jr. disse que foi ele quem escreveu o texto acima.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

é 1, é 2, é 3...

Respeito, eu prometi ter por mim mesmo.
Valor, fiquei de me dar mais.
Verdade, jurei voltar a usar.
Amor, eu disse que teria, que esperaria, que daria!
Drama,  falei pra mim mesmo que não usaria mais, não escreveria mais, não viveria mais.


O que queremos afinal? Uma boa transa um amor medieval, um lance comtemporâneo?
O que esperamos na real? Qualquer coisa natural, um lance normal!
O cavalo que não era branco morreu de fome. O belo vestido de cetim encontra-se rasgado, foi também roído por ratos. Ratos capitalistas, ratos socialistas, ratos comtemporâneos.


É um ritmo frenético, um ritmo paulista, novaiorquino, paulistano, londrino.
Eu já nem penso mais, planejam meu dia, minha noite, minha vida... me conduzem.
E eu? Eu vou deixando ser levado, ser enganado, vou fingindo que sei, que posso, que quero.


é um, é dois, é trés...
Tô pulando fora.