sábado, 17 de maio de 2014

Eu sou a fotocopia original do teu reflexo.




Eu sou a imoralidade e ausência total de bons costumes.
Eu sou o sexo bom.  A transa gostosa.
Eu sou a verdade escancarada;  uma puta de pernas abertas e vagina piscante.
Eu sou a fome; de vida,  de amor e dinheiro.
Sou guerra, ódio e dor.
Sou amor doentio e sem pudor.
Sou a dor. O desespero. Eu sou o medo!
Eu sou a luxúria, o sarcasmo. Eu sou um fardo;  pesado e solitário.
Meu bem,  eu sou a vaidade,  o supérfluo, o Mesquinho.
Eu sou tudo o que você diz ser contra mas faz.
Eu sou a hipocrisia!  A mentira! A falsidade.
Eu sou uma masmorra e você é meu réu.
Eu sou toda essa bosta.
E você continua me querendo, me amando.
Meu bem, minha criança jovem e tola.
Foda-se!
Eu sou um penhasco, jogue-se de mim!
Eu sou a morte. Corra!
Eu sou as aparências. Diga não!
Eu sou a paixão.  Fuja!
O amor?  Olha ele ali!
Corre, vai atrás!  Diga sim e fique, para sempre.

Eu sou o quem você não quer ser mas é!
Eu sou o avesso do avesso do avesso. Eu sou a contradição.
Seu pobre trouxa, eu sou você!
Meu bem!
Eu sou a tua consciência infame e pesada.
Eu sou a fotocopia original do teu reflexo.
Sou tudo que você poder ser.
Eu sou!
Eu sou quem você é!

Quem sou eu?

Eu sou você!

Eu não sou ninguém!


2 comentários:

  1. É na poesia que a gente se perde e só quando a gente se perde é que a gente se encontra. O caos pode ser uma das coisas mais belas e assustadoras que existem, mas mais belo ainda é quando o enxergamos na nossa realidade e em nós mesmos.

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  2. Magnifico a forma com que a poesia se contém e se escancara mostrando nosso desejo, o sublime desejo de fazer o que sentimos de ser, sentir, desejar , deliciar o prazer, a dor e a vontadede fazer realmente o que venda alma.

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