
Capitulo Um.
Uma Vida Sem Você.
Um quarto com paredes pintadas de branco luz florescente e um silêncio medonho. No meio do quarto uma poltrona igualmente branca e um homem caquético; magro e acabado. Sentado ele balança sua cabeça para lá e para cá, tal como um relógio cuco. Este homem já foi lúcido e carregou um sorriso na face. Seus cabelos eram bem cuidados e sua mente mais calma. Hoje sentado em sua poltrona ele interroga a se mesmo com uma quase canção.
É algo mais ou menos assim....
......por que por que, por que comigo? O que eu a fiz? O que eu deixei faltar? Por que por que, onde estás? Por que por que...POR QUEEEEEEE...
Ele interroga o vácuo em uma espécie de melodia constante. Este homem viu seu mundo cair quando sua metade foi embora. Pouco á pouco a dúvida o fez emergir para dentro de se mesmo. Até ele esquecer quem era, até ele esquecer que mais vidas despediam da sua. Vidas indefesas que perdiam ao mesmo tempo a cruz e a espada. O pai e a mãe.
Mas este homem nunca se esqueceu daquela que o abandonou, aquela que o presenteou com uma lacuna. Uma dúvida quase eterna.
Capitulo Dois.
Por que Você Não Voltou?
"Está viajando" - É o que respondiam quando a menina perguntava pela mãe. A pequena si perguntava por que a mãe foi sem se despedir, sem dizer até logo como sempre fazia. Mas acabou acreditando, afinal de contas ela só tinha dez anos e ainda acreditava em gente grande. Os anos se passaram e sua mãe não voltou. Aos treze anos ela já não acreditava mais em coelhinho da Páscoa e descobriu que tinha sido abandonada; deixada ao Deus dará.
Então começaram as crises e os pesadelos.
Um cigarro para acalmar e uma garrafa de vinho para rir ao invés de chorar. Aos quinze anos ela decide procurar a mãe e foge de casa. Aos dezesseis engravida de um marginalzinho filho da puta e nove meses depois entra em trabalho de parto na sarjeta de uma rua qualquer, morre ali mesmo com o filho a meio caminho do mundo.
Capitulo Três.
A Culpa é Sua.
A mais velha das gêmeas encontrou outra forma de amenizar a dor da perda. Tomava balinhas para dormir, lia romances baratos e si dizia melâncolica. Ouvia Avril e era revoltada.
Aos dezoito anos encontrou o príncipe de sua vida; um verdadeiro capa da capricho, mas como quase todos os príncipes contemporâneos esse só era bonito por fora. Um verdadeiro sapo por dentro.
Seu casamento foi um sonho até o sexto mês, depois começaram as cobranças. Seu maridinho queria poder e lucidez por parte da esposa que vivia a si dopar.
Logo o príncipe convenceu sua donzela indefesa a internar o pai, um lunático completo. O príncipe sábia lutar e sua mulher apanhava muito bem. Eles tiveram um filhinho que nasceu com sérios problemas cardíacos, segundo o médico o coração do bebê não se formou corretamente devido a grandes doses de medicamentos ingeridos sem o mínimo controle por sua mãe. A vida da princesinha afundou ainda mais. Ela odiava o próprio filho, o considerava um fardo a carregar.
...nada saiu como eu havia planejado! Cai, e então morri por algumas horas.
Uau!
ResponderExcluirGostei muito! A forma com que você escreve me prende de uma forma inexplicável.