sábado, 12 de dezembro de 2009

A guriazinha - Final.



O majestoso anjo olhou no fundo dos olhos da menininha, podia tocar em sua alma, tamanha era a sinceridade do seu olhar.
- Pule! - disse o anjo -, e desse modo você não sentirá mais dor alguma, e sua tristeza acabará. Porem, lá em baixo o sol não brilha e você nunca mais verá o brilho das estrelas e jamais voltará a se refrescar nos ventos da noite.
Ou se preferir, volte comigo! Volte a viver, e dessa forma sentirá a sua dor e toda sua tristeza continuará. Mas, se você voltar, eu lhe prometo menininha que vou permanecer a seu lado, prometo me sentar contigo sob as arvores do jardim, e farei o vento soprar em sua varanda sempre que for necessário.
Volte comigo. Eu lhe ofereço minha eternidade, minha presença.

- A escolha é só sua!

A menininha se colocou a pensar por algum tempo, e então começou a andar. Foi até a ponta do penhasco, olhou para baixo e seu corpo estremeceu, seus olhos arderam, e seu coração parou.

A menininha morreu, e o anjo chorou.

Tal como um relógio, que após um longo tempo sem funcionar volta a fazer tic tac, o coração da menininha voltou a bater.
É que quando tudo parece ter chegado ao fim, quando nada mais é possível, e quando o fim se faz presente é preciso que morramos, pois somente assim poderemos enterrar o passado e começar de novo.
A guriazinha correu, correu como jamais havia feito antes, correu para os braços do seu anjo, ele a esperava de braços abertos...
Entrelaçada nos braços do seu nobre anjo a menininha chorou, sua lágrima foi sua semente, a semente do novo.

O anjo sorriu e disse.
- Foi uma escolha sábia menininha
.
P.S Leiam os capitulos anteriores.
(Imagem, by google)

4 comentários:

  1. o final é triste e feliz ao mesmo tempo, bonito mesmo!

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  2. belas palavras,,,gostei do texto...um anjo da morte...mas tambem um anjo da guarda...afinal agora o anjo vai cuidar de alma dessa menina...

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  3. aei, porem eu esperava um pouco diferente.. bjokas te cuidaa

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  4. como um admirador da morte, preferia a morte da menininha,
    não sei, sé é porque levo a vida em uma balança, entre viver ou morrer,
    mais a morte é o renascimento de uma nova vida, não importa que vida à de nascer.

    http://opoestadeplutao.blogspot.com/

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