domingo, 31 de agosto de 2014

Cem Anos de Solidão




O tempo é um gigante implacável indestrutível e pleno de conhecimento e verdade.
Cem Anos de Solidão é a tradução do tempo, é a sua mais clara e justa definição.
Os Arcádio Buendia são os nossos reflexos ou nós somos os deles?
Somos a família que destrinchou territórios, que se ergueu do nada e se fez próspera. Somos também sua solidão, aprisionados em nosso conhecimento e já sem meios, porem, não sem vontade de voltar a ser alheios as verdades e as mentiras desse mundo.
Gabriel Garcia Marques traduziu em seu livro o povo brasileiro, o nordestino voraz e persistente. Traduziu a nossa pobreza e miséria e também nossa sede de igualmente querer mais e melhor.
Garcia Marques traduziu a América latina e sua posição de inferioridade, mas cheia de grandezas roubadas, ignoradas e tantas vezes desperdiçadas.
O livro estampa a bestialidade de um povo cego e que aprendeu a tomar por verdade a tradução de fé dos senhores do mundo.
Cem anos de solidão fala de tudo: da miséria, dos vícios, do incesto, do amor e do ódio. Fala da família e seu poder secular.
O livro é antes de mais nada um aviso a todos nós que somos gente. É um recado e uma verdade inevitável:
Tudo passa!
Macondo é o mundo e nesse mundo a solidão já impera muito além dos cem anos.


Um comentário:

  1. Se eu chorei lendo esse seu breve relato sobre o livro,chorarei um oceano lendo o livro.
    Já esta na minha lista de leituras.

    Beijos

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