quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Diário de um Adolescente, Dicaprio, Matt Damon e um Gênio Indomável


(imagem: Google)

Uma das atuações que mais gosto é a de Matt Damon em "Gênio Indomável", o filme é um dos meus favoritos, tanto pelas atuações como pela própria história em si. A parte que mais gosto é quando  Sean, o analista, (Robin Williams) diz repetidas vezes " a culpa não é sua" "a culpa não é sua" para Will, a personagem de Matt Damom, que nesse momento se vê desprovido de qualquer argumento de defesa e começa a chorar. É uma cena que sempre me arrepia e emociona; porque vejo ali a força de um homem contra seu orgulho, medos, e sonhos cair por terra. Vejo nessa cena um ser humano deixando transparecer que é ser humano, e ao assumir sua humanidade ele assume também suas fraquezas. Ele entende que crescer e mudar requer atravessar uma longa floresta de sombras, uma floresta que por muitas vezes estará vazia e em outras estará cheia de demônios e que em algumas poucas terá também algumas mãos estendidas, dispostas a ajudar. Amo essa cena porque vejo ali um homem desarmado, chorando, cansado de ser forte.

Durante algum tempo eu juguei mal Leonardo Dicaprio, me baseei apenas em um jovem Jack, que para mim era tosco e sem sal. Mas ai vieram filmes como " A Ilha do  Medo" e " A Origem" então comecei a mudar de ideia, e foi ai que ele conquistou meu respeito e minha admiração.
Hoje, após assistir "Diário de um Adolescente"  tive a mesma sensassão de quando assisti Gênio Indomável. Vi um ator transcender o filme, vi uma atuação que supera o faz de conta, algo como a vida sendo filmada de cima sabe? Como se o Leonardo fosse realmente o jovem Jim Carrol viciado em drogas pelas ruas de Nova York, ou até mais. Foi como se Leonardo Dicaprio fosse mesmo um garoto drogado, só que não de Nova York, mas sim da Cracolândia, das ruas geladas de Londres, do Broklim, da Augusta, das ruas de Recife.


Diário de um Adolescente vale com certeza ser assistido!
O filme é da década de noventa e baseado no livro homônimo de Jim Carrol, onde o próprio Jim conta sua turbulenta adolescência recheada de drogas, prostituição e um poderoso encontro com ele mesmo e sua escrita. Me identifiquei com Jim, pois também escrevi diários aos meus dezesseis, dezessete anos, e os diários assim como os livros foram durante muito tempo meus analistas, psicólogos e até mesmo amigos.
Fico contente quando ouço e vejo histórias de palavras que salvaram homens; Sejam essas lidas, escritas ou ouvidas.
 Para todo grande problema há sempre um bom livro. E não importa qual seja, desde que ele nos salve.


ps. Segue a cena supracitada de "Gênio Indomável"


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